A ocarina é uma flauta de formato globular. Isso a torna diferente dos instrumentos de tubo perfurados, como a flauta transversal e a flauta doce, onde as notas dependem do comprimento da distância percorrida pela coluna de ar. Por isso ela tem características acústicas diferentes. Tecnicamente, o seu corpo age como um ressonador de Helmholtz.
Outras flautas com esse formato são o shawn chinês e as flautas esféricas africanas. Estes exemplos diferem de ocarinas no formato do bocal. Semelhantes às ocarinas são os instrumentos de tubo fechado como as flautas de pan..
A ocarina, como outras flautas de corpo oco, tem a qualidade incomum de não depender do comprimento de seu tubo para produzir uma nota em particular. Ao invés disso as notas dependem da área de abertura total dos orifícios em relação ao volume total do instrumento. Isto significa que, diferente da flauta transversa ou da flauta doce, a posição dos orifícios não é muito relevante — o tamanho destes é o fator mais importante.
A caixa de ressonância da ocarina cria uma onda sonora senoidal sendo, assim, incapaz de criar sobreposições harmônicas. Isto significa que a técnica de soprar mais forte para “oitavar” notas não é possível com a ocarina, assim a sua extensão disponível é limitada.
As notas diferentes são produzidas dedilhando-se seus orifícios, abrindo e fechando mais ou menos a área total dos mesmos. As notas também podem ser variadas (de maneira limitada) soprando-se mais ou menos forte o instrumento.